segunda-feira, 16 de abril de 2007

A mania das grandezas...

Página 74 – “KEVIN – Ali o Napoleão.”

Napoleão Bonaparte, nasceu no dia 15 de Agosto de 1769, em Ajaccio, na Córsega. Em 1785 vem para Paris, onde ingressa na escola militar. Em 9, 10 e 11 de Novembro 1799 participa num golpe militar em França, conhecido por 18 do Brumário, e em 13 de Dezembro é nomeado cônsul, juntamente com Cambacérès e Lebrun. As suas vitórias militares e crescente influência levam a que, em 18 de Maio de 1804, por consulta do Senado, seja proclamado imperador dos franceses com o título de Napoleão I.
A ambição de Napoleão era ser senhor de toda a Europa, contrapor o poder de França ao de Inglaterra e fazer frente à América. Envolvido em campanhas militares desde os anos ’90, estendeu o poderio de França a todo o continente europeu, da Itália à Rússia, à Suécia e Polónia. Excelente general, senhor de uma capacidade estratégica notável, reuniu um enorme exército que ao longo de bastantes anos batalhou um pouco por toda a Europa, na maior parte das vezes com sucesso.
Em 1805, tem um primeiro revés importante: a derrota na batalha de Trafalgar. Os ingleses ganham mas Nelson é morto por um tiro de canhão, que o apanhou na ponte do seu navio Victory.


Os exércitos napoleónicos estiveram em Portugal em 1807, comandados por Jounot, que foi derrotado por Wellesley (futuro duque de Wellington) no Vimeiro e capitulou em Sintra. Em 1809, o exército napoleónico, agora comandado por Soult, regressa, e em 1810 é a vez de Massena tentar a sua sorte no nosso país. Devido a circunstâncias como a distância e o auxílio fundamental dos ingleses, Portugal foi um dos poucos países que nunca capitulou perante Napoleão.
Em Setembro de 1812, a sorte começa a mudar. Depois de ter conquistado uma Moscovo em chamas, incendiada pelo czar Alexandre que prefere uma política de “terra queimada” a aceitar as tréguas propostas por Napoleão, a chegada do rigoroso Inverno moscovita, o "general Inverno" surpreende-o. Neva pela primeira vez no dia 13 de Outubro e o exército napoleónico cansado, esfomeado e cheio de frio, é obrigado a bater em retirada. No século XX, Hitler, admirador confesso de Napoleão, cometeu o mesmo erro e, tal como a retirada da Rússia marca o início do fim do poderio napoleónico, também a derrota na frente russa e a retirada de Moscovo marcam o princípio do fim de Hitler e consequente vitória dos Aliados.
No dia 29 de Dezembro de 1813, o Corpo Legislativo francês aprova um texto em que se fala da “ambiciosa actividade de Napoleão” e em 28 de Abril de 1814, vencido, embarca para a ilha de Elba.
Em 1815 regressa para tentar reconquistar o trono mas, depois da derrota na batalha de Waterloo, no dia 18 de Junho desse mesmo ano, é enviado para Santa Helena, onde acaba por morrer em 5 de Maio de 1821.

NOTA: Se querem saber mais alguma coisa sobre esta última fase da vida de Napoleão, a Bruxa recomenda A Última Ilha do Imperador, de Julia Blackburn, Lisboa, Temas & Debates, 200?.

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